Veja e aproveite uma oportunidade muito especial no final do post.
O que devo fazer?
Objetivamente, defendemos e acreditamos que deve responsabilize-se já e ativamente, no saudável desenvolvimento e crescimento dos seus filhos. Inscreva-os numa escola de arte, mesmo que eles ofereçam resistência num primeiro momento. Um bom profissional terá a capacidade de inverter essa rejeição e desmistificar preconceitos instituídos resultantes de uma atividade que tem vindo a ser ignorada e desprezada. Os seus filhos vão agradecer e você vai orgulhar-se da fundamental decisão que tomou, além de testemunhar as diferenças de comportamento, realizações e escolhas que acompanharão os seus filhos para toda a vida!
Um saber que já não é novo
Vem de há muito, a consciência que temos da importância da musicalização e da vivência musical em geral, na formação e desenvolvimento do ser humano. Neste afresco encontrado num templo Egípcio, observamos uma intensa atividade musical, com a utilização de vários instrumentos, proporcionando já diversas sonoridades, melódicas e harmônicas. Note-se, na cena, o envolvimento de crianças e jovens. Esta atividade está historicamente datada entre o sexto e o quarto milênio antes de Cristo, ou seja há mais de 6000 anos.
A importância, é consensual e já vem de há muito tempo atrás
Bem mais tarde, mas no distante século XI, com o desabrochar das primeiras Universidades, a música foi introduzida nas cátedras, como eram chamadas as disciplinas, ou cadeiras ministradas por um professor catedrático. As primeiras cátedras: Trivium (constituído por lógica, gramática e retórica) e Quadrivium (por aritmética, música e geometria), refletem a importância dada à música. É interessante observar que já nessa época, se tinha a noção de que o intelecto é aperfeiçoado pelas então chamadas cinco virtudes intelectuais, duas práticas e três teóricas, sendo elas: compreensão, ciência, sabedoria, prudência e arte.
De importante, a fundamental
O que muitas pessoas hoje desconhecem, é que essa importância, que como vimos, é indiscutivelmente reconhecida e lá bem de trás, tomou na atualidade o caráter de: fundamental.
Porquê?
As razões que justificam este acréscimo na importância da música e das artes no geral, na nossa formação e desenvolvimento nos dias atuais, justifica-se pela tendência da gradativa inversão no ritmo e dimensão do desenvolvimento intelectual, psíquico e motor, grosso modo proporcionada pelo advento da(s) tecnologia(s). Paradoxalmente, vivemos hoje a embaraçosa realidade de saber que o homem sapien sapiens, era mais inteligente do que nós. Os desafios, dificuldades, perigos, inseguranças, desconforto e desconhecimento do passado, despertavam para uma mais acentuada necessidade de atividade cerebral com especificidades que hoje não fazem mais sentido e onde imperava um diferente espírito de curiosidade e necessidades, nesses nossos antepassados, que desse modo recebiam uma acrescida motivação e propensão biológica para um cérebro mais ativo, inconformado e questionador. Por outro lado, os benefícios da tecnologia ao serviço da praticidade e comodidade de múltiplos aspectos relacionados com o nosso dia a dia, trouxeram também a recente descoberta do quanto isso está a traduzir-se num “desaceleramento” das necessidades de desenvolvimento e crescimento do cérebro em termos intelectuais.
Novas dificuldades e fragilidades
Se é bem verdade que a segurança, conforto, diversidade e quantidade de conhecimentos dos nossos jovens, é incomensuravelmente maior que a dos nossos antepassados, também não é menos verdade que, os nossos filhos, hoje, são, grosso modo, menos resilientes, autônomos, insistentes, dedicados, curiosos e seguros. Essa inversão de tendências está a contribuir para o desenvolvimento de um cérebro adaptado a essas novas realidades. Um cérebro que não precisa crescer mais, (como previam os cientistas há algumas décadas atrás), para atender ás necessidades do mundo atual.
O nosso cérebro tem a tendência de se adaptar para responder ás necessidades do mundo em que vivemos
Não faz muito tempo que cientistas descobriram uma espécie de molusco que, após uma emprendedora caminhada até encontrar numa rocha, um lugar seguro para se alimentar e nela grudar definitivamente para o resto da vida, acaba perdendo o cérebro. Na verdade, se o que agora passa a precisar fazer, está circunscrito à atividade metabologica que é assegurada pelos outros orgãos, o animal, assim que atinge esse que é o seu proposito de vida, naturalmente descarta o seu cérebro, já que ele não lhe é útil e ou, necessário. Assim acontece com as nossas funções cerebrais, biologicas, ou psicomotoras. Se não nos exercitamos em determinadas funções, perdemos a capacidade de as vir a usar, pelo menos na plenitude desejável.
Imagem meramente ilustrativa de um molusco sem cérebro
E o que isso tem a ver com a música e a arte em geral?
Não é previsível que, estas descobertas, mesmo que se tornem amplamente difundidas, tenham a capacidade de alertar os pais de hoje, ao ponto de inverter o rumo natural das coisas. Vamos aceitando e aprendendo a lidar com o que a vida e o mundo nos vai oferecendo, com o novo e tudo o que nele existe de incontornável, como a evolução tecnológica e tudo e que daí resulta. Apesar de nos ser oferecida a possibilidade de fazermos as nossas escolhas, em função do que desejamos e acreditamos, não se adivinha algum tipo de revolução do tipo “neo-renascentista”, de cunho mais humanista, com preocupações em resgatar “ingredientes” de uma outra essência que outrora nos caracterizou e que leve, por exemplo, um pai a deixar de oferecer um smartphone ao seu jfilho de 8 anos, só para que ele tenha outras oportunidades mais adequadas de estimular e desenvolvimento adequado do seu cérebro, ou que, com com essa idade e pelos mesmos motivos, o faça ir para a escola pelos seus próprios meios, como era usual e aconteceu comigo no meu tempo de ensino fundamental (muito menos com o agito, a criminalidade e a sinistralidade de uma cidade como a nossa), ou ainda, que o sujeite aos severos e ultrapassados “incentivos” cerebrais vividos pelos nossos antepassados, na necessidade de resolver as solicitações do seu tempo.
E é por isso que o a vivência artística, se apresenta hoje, não mais como importante, interessante, ou aconselhável (como sempre foi), mas agora como: fundamental! Se queremos proporcionar ás nossas crianças a possibilidade de desenvolvimento dos seus cérebros, nos mais amplos, abrangentes e recônditos aspectos, em direção à exploração das suas ilimitadas capacidades, precisamos propiciar, além de tudo o que hoje dispomos e ao que o ensino tradicional instituído precariamente atende, uma atividade artística, que nos mais jovens pode e deve ser a musicalização infantil. Isso se queremos atenuar as crescentes dificuldades e fragilidades que neles passámos a identificar, talvez sem que disso tenhamos dado conta, fruto da modernidade, contraditoriamente, num mundo onde nunca tivemos tanta comodidade, conhecimento, longevidade, proteção e segurança. A Musicalização, ou outra atividade artística que complemente a educação e o crescimento dos nossos filhos, vai fazer toda a diferença no combate a essas recém chegadas dificuldades, ás quais tivemos de inventar novas expressões que se instituíram: bullying, hiperatividade, desmotivação generalizada, baixa resiliência, problemas no sistema respiratório, déficit de atenção, dificuldade de memorização, etc, etc, etc…
Qual a melhor idade para iniciar o meu filho na musicalização?
Se quisermos ser precisos, o processo de musicalização deve começar ainda no útero. Estão comprovados os efeitos benéficos da música no bem estar do bebê, em todo o período de gravidez. Recentemente isso foi confirmado e complementado por um estudo finlandês publicado na última quarta-feira na revista PLOS ONE, que identificou também a vantagem da música durante a gravidez, para o aprendizado da linguagem da criança no futuro.
Isso significa que em qualquer idade é altamente recomendavel a prática e vivência artística. E hoje temos a posibilidade de adaptar essas práticas a qualquer estadio da vida das crianças, dos jovens até mesmo dos adultos. Mas no que se refere à musicalização infantil e considerando os conhecimentos que temos hoje do funcionamento e necessidades do cérebro da criança e do processo de seu desenvolvimento em termos gerais, a idade aconselhada para uma prática regular é a partir dos 2 anos de idade.
Isso significa que em qualquer idade é altamente recomendavel a prática e vivência artística. E hoje temos a posibilidade de adaptar essas práticas a qualqer estadio da vida das crianças, dos jovens até mesmo dos adultos. Mas no que se refere à musicalização infantil e considerando os conhecimentos que temos hoje do funcionamento e necessidades do cérebro da criança e do processo de seu desenvolvimento em termos gerais, a idade aconselhada para uma prática regular é já a partir dos 3 anos de idade (se não antes).
É disso exemplo a aula experimental gratuita, que vai ter lugar nas instalações do INCCAS, já no próximo dia 17 de Fevereiro. (Mais informações, no final desta página)
 
 
Pesquisador em comportamento e desenvolvimento humano. Diretor Geral do INCCAS – Escola de Arte
Super oportunidade!!
Aula experimental de Musicalização Infantil
Faça agora a inscrição do(s) seu(s) filho(s) para a aula experimental grátis de musicalização infantil que vai acontecer no INCCAS – Escola de Arte, no proximo dia 17 de Fevereiro das 9h00 ás 9h50.

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